terça-feira, 23 de março de 2010

Políticas públicas, objetivos e metas

Desde o surgimento do estado moderno, uma contradição básica vem se arrastando, ainda que vestida de diversos rótulos: a abordagem técnico-burocrática contra a política. No Brasil esse conflito, em virtude da instabilidade política característica da sua história, tornou-se ainda mais incisivo. Tanto a desconfiança com a classe política, como políticos que se fiavam no clamor popular, já atentaram contra os regimes democrático e de direito (são mesmo distintos).
Até hoje há uma grande incompreensão entre as partes desse conflito, mas alguma coisa se avançou no decorrer dos anos. A inserção de uma noção básica de planejamento exigida até mesmo pela constituição e a estabilidade política – que tem o seu período mais duradouro e parece não ser mais ameaçada - têm os seus méritos nesses avanços.
A elaboração das políticas passa a tentar se conciliar com instrumentos de planejamento. Essa coesão ajuda muito na objetividade das políticas que, portanto, não têm porque temer a aferição de seus resultados, nem o estabelecimento de metas e indicadores. Isso em todas as políticas e, é lógico, nas de cunho ambiental.

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