segunda-feira, 15 de março de 2010

Um grande problema na nossa mesa

Até o final da década de setenta, comer peixe cru no Brasil, era uma espécie de aberração. O Japão já se apresentava ao mundo como uma emergente industrialização - que ainda não colhia os benefícios de suas revolucionárias formas de gestão iniciadas a partir da década de 50 - e com seus desenhos animados que inundavam em uma televisão sem padrão de qualidade.
A partir dos 80, a situação mudou. O Japão virou exemplo de tudo em um mundo que buscava conciliar produtividade e qualidade. As suas indústrias e os seus trabalhadores eram exemplos de adaptação aos novos tempos e a cultura japonesa foi intensamente difundida por todos os cantos do mundo. O resultado é que raro agora é quem não gosta de Sushi, não o contrário.
O resultado se fez sentir no mar. Entre 1957 e 2007, as reservas de atum vermelho (o peixe tradicional do Sushi) diminuíram 75%. A continuar esse ritmo, os atuns não chegarão a virar a próxima década. É por essa razão que a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres (CITES), que se realiza em Doha no Catar estuda a proibição de comércio de atum. Independentemente das suas deliberações finais, com a força da União Européia e dos EUA, essa medida já é um alerta para quem aprendeu a gostar do tradicional Sushi.

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